segunda-feira, 22 de novembro de 2010

sonhos flutuantes

Quando algo que parece tão seu é tirado de você, você se sente nada. Porque nada é a ausência de coisas. Que coisas? Coisas que sejam grandes o suficiente para te fazerem viver. Quando algo que não é palpável, mas ao mesmo tempo é muito maior do que algo concreto, é tirado de você, como um sonho, as coisas saem por um instante do lugar. Mas o nosso dever é não deixar que esse instante dure tempo suficiente para te deixar triste demais.
Falando em sonhos... Pare e pense: ao decorrer de sua vida quantos sonhos você já teve? Eu, por exemplo, quando era pequena queria ser desenhista. Tinha uma pasta que guardava todos os desenhos que eu fazia, fazia inclusive exposições de desenho. Ai depois, resolvi que queria ser bailarina, e eu brilhava no ballet. Minhas apresentações eram ótimas, mas não prossegui nessa carreira. Depois de ler um certo livro mudei os planos, decidi que seria poetisa. E as apresentações voltaram, dessa vez de poesias, minhas poesias. E o tempo passa e os sonhos passam também. Porque conforme a gente cresce, nossos interesses crescem junto e mudamos de opiniões muitas vezes na vida.
E sempre, SEMPRE, que algo é tirado de você é porque algo maior não quer deixar que isso aconteça.
Hoje o meu sonho ( o meu sonho do momento na verdade) foi tirado de mim. Eu estava disposta a deixar tudo para trás para correr e abraçar esse sonho com todas as minhas forças, quantas coisas não pertenceriam mais a mim caso esse sonho se realizasse... E ele não se realizou. Tenho certeza que foi porque foi decidido que não valeria a pena eu deixar todas essas coisas para trás, e que eu teria mais perdas do que ganhos,e então... Aqui estou eu seguindo, o plano B que pode ser MUITO melhor do que o A.

Você pode sim acreditar nos seu sonhos, mas tem que lembrar que eles são frágeis, leves e flutuantes. Se você apertar muito, eles se partem, se você deixá-los soltos, eles se vão. Então, achar o equilíbrio para isso é manter a tranquilidade e a certeza de se algum sonho se vai é porque tem que ir.

Beijos!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

real sentido

Há uns dois meses mais ou menos, venho acompanhando, de longe, o status de uma conhecida minha. O primeiro que me chamou atenção foi ''ACABOU''. Depois de um tempo, foi substituído por '' VOCÊ NÃO SIGNIFICOU NADA PRA MIM''. Que depois deu lugar a um '' VOCÊ FOI SÓ MAIS UM IDIOTA QUE PASSOU NA MINHA VIDA''. Mais recentemente ela aderiu a um '' SINTO SUA FALTA. É MUITO DIFÍCIL DIZER ADEUS''. E também ouviu durante alguns dias uma música chamada '' ex-namorado''.
Bem, eu não sei onde ela queria chegar com tudo isso. Mas sei onde ela chegou: Ela se expôs, se mostrou fraca e sensível, como se qualquer toque a pudesse derrubar. Se mostrou confusa, com mudanças bruscas de opiniões. 
Eu não sei se o tal ex-namorado dela tinha acesso a esses status, se tinha é o fim dela. Se ele realmente a magoou ela não podia ter se mostrado assim tão frágil pra ele. Ela deu um presente para o rapaz. Tudo o que ele queria era confundi-la e deixa-la pra baixo, com ápices de raiva e saudade. E foi o que aconteceu.
Se ele não tiver acesso aos status dela, ela agora está sendo vista pelas amigas como fraca e abatida. Não que seja proibido ser fraca, podemos sim, contanto que seja só por dentro. Mas suficientemente fortes por fora para não deixar transparecer nem um milímetro sequer da nossa fraqueza. Assim, essa fraqueza fica quieta em um canto, e vai, aos poucos, amadurecendo. 
Agora, caso essa fraqueza seja exposta, ela vai se valorizando, ganhando forças e chega a um tamanho que é incontrolável e já é maior do que você!

Enfim... Quando se quebra um braço, você imobiliza ele, para que ele possa repousar, para que ele possa ficar sossegado sem ninguém mexer, e aí ele se reestrutura. Temos que fazer o mesmo com qualquer coisa que nos incomoda ou nos deixa mal!

Não seja fraco a ponto de deixar sua fraqueza te dominar. Também não seja forte ao ponto de pisar na fraqueza nos outros!

Bom fim de semana!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

o remedinho dos pais

Todo mundo já caiu de bicicleta (se você não caiu você simplesmente não faz parte do mundo! ;) ) e é sempre o mesmo ritual: você chora, seus pais te pegam no colo, você senta numa mureta qualquer largando a bicicleta caída pra lá e seus pais dizem que é um machucadinho de nada, que você não precisa se preocupar que vai passar já e você vai poder andar de bicicleta de novo logo.
Magicamente passa. Sim, o machucado sara, a dorzinha que incomoda some, e você volta a andar de bicicleta, só que tem um porém: você volta mais cauteloso, e ai, se machuca bem menos.
Juro que tentei achar alguma explicação científica para isso, mas nem o Google tem uma resposta concreta.

Só o que eu sei é que é líquido e feito: os pais têm poder de cura.
Uma das fontes, a mais romântica delas, diz que o nome desse poder é simplesmente amor. O amor que os pais depositam em você quanto te vêem sofrendo por um machucado é tanto que encobre a sua dor.
Outra fonte, a mais racional delas, diz que isso é genético. Os pais tem uma ligação tamanha com você, que as palavras deles ao chegarem no seu cérebro viram uma espécie de ordem que o seu corpo simplesmente segue.

Eu tenho outra teoria: a da confiança.
O sentimento que predomina numa relação de pais e filhos é a confiança. Temos em nossos pais um porto seguro, porque isso é tudo o que eles foram desde que fomos criados, por eles diga-se de passagem. Então em tudo o que dizem, acreditamos, confiamos, a ponto de forçar que essas coisas aconteçam.
Sabemos que quando eles dizem que vai passar é porque realmente vai passar... E passa! E quando eles dizem que vai dar tudo certo irá dar tudo certo... E dá!
Simples assim!

Olha, quando eu digo pais, eu quero dizer qualquer pessoa que tenha uma relação tão íntima com vocês quanto um pai ou uma mãe pode ter, por ter alimentado, cuidado, e, acima de tudo, amado cada um.
Descoberto o remedinho dos pais!


Ótima semana!


p.s: visitem visitem visitem: http://leandrinhodesenhista.blogspot.com       ;*

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

minimizar

Outro dia estava olhando umas palavras no dicionario (não que eu fique olhando palavras aleatoriamente no dicionário, quero dizer, isso é coisa de maluco! E eu não sou maluca... Não mesmo! Não adianta me olhar com essa cara eu já disse que não sou maluca e pronto! ). Enfim, eu estava olhando palavras no dicionário e fiquei curiosa por uma palavra em especial:
'' minimizar: v. tr. : 1. reduzir ao mínimo / 2. tornar menor/ 3. diminuir importância. ''

Discordo! Totalmente discordo! Pense comigo, uma situação trágica:

Seu telefone toca, você atende e é seu vizinho Maurício, o cara superficial que pega onda com você e dá em cima da sua irmã sempre que pode. Quando você diz ''alô'' já se surpreende com o cara chorando rios e mais rios de lágrimas, pergunta o que aconteceu pra ele estar em tal estado de desespero. Ele dá a seguinte declaração: '' Sinto muito, foi num acidente de carro, estavam sua mãe e seu pai nos bancos da frente, a pancada foi forte... Nenhum deles resisitiu. ''
Pense: qualquer um que recebesse essa notícia se debulharia em lágrimas, culparia o motorista que bateu no carro de seus pais, culparia o sinal que abriu na hora errada, culparia o padeiro que demorou demais para trazer o pão, pondo seus pais na hora e lugar errado. Imagine que você tem um tamanho alto controle e resolve que vai ''minimizar'' a situação.
Você diz pro vizinho ( que mesmo sendo fútil comoveu-se demasiadamente com a situação) que depois resolve o que tem que resolver quanto a isso, mas que tem que voltar pra frente da TV porque o intervalo vai acabar e daqui a pouquinho os times já estarão em campo novamente.
Você iria ser um estúpido, grosseiro, insensível para sua vizinhança. Depois para o bairro. Depois no ambiente de trabalho, na cidade, no estado, no país, no MUNDO. Você ficaria conhecido como '' o cara de não chorou a morte dos pais''. Tudo porque você supostamente minimizou a situação...
Ai você seria convidado por aquele apresentador gordo e papudo para ir ao programa dele e ele ia te apresentar como '' o boçal que não tem sentimentos''.
Todo mundo no planeta saberia da morte de seus pais, e saberia mais ainda que você mininizou a situação a ponto de torná-la insignificante, deixando de lado um fato tão marcante que a coisa tomou proporções gigantescas.
Tudo porque você ''minimizou'' a situação.

Não peço que vocês maximizem as coisas, tornem-as grandes nem nada do gênero. Peço que vocês avaliem e simplesmente ajam na proporção correta.

Boa semana! :)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

uma conversa despretensiosa

-Carmem deixa eu te perguntar uma coisa... Sua filha anda fumando né?
- Mais que ideia é essa Berenice? Maria Isabel jamais poria um maço de cigarro na boca!
- É que eu vi, sabe, Carmem, ela outro dia no portão, atrás da sua figueira fumando...
- Pois bem, eu duvido muito que tenha sido Maria Isabel! Como eu disse, ela jamais poria um maço de cigarro na boca.
- Desculpa Carmem, eu não ia falar não, mas acho que nós somos amigas e temos intimidade suficiente para eu falar... Acho que não é impossível ela estar fumando não, ela anda se vestindo de forma estranha com aquelas roupas pretas e coladas, botas, correntes...
- Ah sim, ela pode até estar com um estilo diferente, mais recolhido, com roupas mais escuras, mas fumando, garanto que nunca!
- Se você diz... Também tem aqueles novos amigos que ela está andando agora... Eles usam a mesma roupa que ela, e juntos, eles me dão a impressão de que formam uma gangue.
- Ah sim, ela pode até estar com uns amigos diferentes, todos integrantes desse estilo mais fechado e altruísta, mas fumando eu te garanto que não!
- Hum... Bem, Carmem, eu não consigo me segurar e tenho que perguntar. Como você aguenta as novas músicas que ela anda escutando hein? Letras horrorosas, cheias de palavrões, barulhentas...
- Ah sim, ela pode até estar curtindo um estilo diferente de música, é o rock revoltado, se você reparar bem eles xingam aqueles que fazem mal indiretamente como o Papa que como chefe supremo da Igreja não toma grandes atitudes, os ganhadores do Prêmio Nobel da Paz porque apesar de esnobarem um prêmio desse nível não fizeram nada muito impactante... Acho uma atitude legal, estão revoltados com o que não está certo. E como o mundo não está certo, eles estão revoltados com o mundo. Mas fumando, garanto que é impossível!
- Certo... E o namorado dela? Além de usar as mesmas roupas esquisitas ele tem um cabelo grande, anda meio abestalhado e se você quer saber eu já vi eles dando uns amassos bem...como diria? Fortes e ofensivos para quem está vendo na pracinha, sabe? Achei que eles fossem, ah sei lá Carmem, o que esperar dos jovens né?
- Ah sim, o namorado dela. Eles podem até ter uma relação muito ardorosa e às vezes até incandescente, mas eles são assim mesmo, intensos, intensos demais. Mas te juro que minha filha nunca colocou um maço de cigarro na boca!
- E as atitudes Carmem? Eu mesma vi com meus próprios olhos a Maria Isabel e o namorado dela chutando um gato, e rindo do desespero do coitadinho!
- Ah sim, eles às vezes fazem com uns animais o que muita gente chama de maus tratos mas que na verdade são uma forma que eles acharam para preparar os bichinhos para a vida ! Mas fumando Maria Isabel Não está!
- Tá bom Carmem, a gente se vê por aí.
Saindo dali, Berenice rezava pela boa alma da amiga.


O pior cego é aquele que não que ver o que está diante de seus olhos! ;)
                                                                                                          

aaah... o verão!

Eu sei que está chegando o verão quando a água que vem da caixa d'água começa a sair quente pela torneira.

Boa semana!